As Chaves do brasão
pontifício
O uso das chaves pela igreja romana
como meio de conceder as indulgências , segundo definição do concílio de
Trento, está intimamente ligado ao paganismo, pois a chave era o emblema de
duas bem conhecidas da mitologia romana. Jano tinha na mão uma chave , assim
como Cibele. São estas as chaves que foram o brasão pontifício da sua
autoridade espiritual . Assim como a estátua de Júpiter é agora adorada em Roma
com a verdadeira imagem de São Pedro, assim se tem crido que as chaves de Jano
e Cibele representam as chaves do mesmo apóstolo.
O politeísmo babilônico, cheio de
mistério, inclui muitos deuses além dos que temos mencionado neste trabalho. É
claro que a adoração dessas divindades, algumas das quais combinavam a
aparência humana com a de alguma animal, era verdadeiro culto aos demônios .
Nesses antigos cultos estavam as raízes das principais doutrinas pagãs, do
espiritismo e de cultos em geral.
Conhecido historiador das religiões
antigas escreveu que as grandes orações têm sido sempre traço distintivo das
grandes religiões , mas na Babilônia e na Assíria a prece, em sua maior parte ,
mal transpôs o encantamento e a adivinhação. Quando as coisas iam mal,
encantamento era utilizado para remendá-las .Se havia temor da aproximação do
mal , recorria-se às artes adivinhatórias a fim de afastá-lo. Nenhuma outra
religião revelou tão grande desenvolvimento das
artes da adivinhação . Acreditava-se na predição de quase tudo, mediante
o exame do volume, da forma das marcas e peculiaridade do fígado de animal
sacrificado, pois havia de que nessa víscera se localizavam a inteligência e as
emoções ... A astrologia adquiriu tal desenvolvimento que chegou o ponto de
criar a idéia popular de que prática contribui para a principal feição da
religião...